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As novas relações de trabalho no Brasil

Escrito por Refuturiza | 04/08/2023 12:28:55

A nossa CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas completou 80 anos!

Uma jovem senhora que divide opiniões. De um lado, aqueles que acham ela uma velhinha simpática. Do outro, aqueles que dizem que ela é cringe e deveria se aposentar!

Não entendeu nada?

Deixa que a gente explica!

Breve história das leis trabalhistas (breve mesmo, tá?)

Tem gente que acha que antes de 1943 não existiam leis trabalhistas, o que não é verdade. Elas existiam, mas eram poucas, pontuais e ficavam soltas em meio a tantas outras. Faltava coesão - e coerência!

Aí, veio a CLT, linda e imponente, colocar ordem na bagunça e dizer o que podia e o que não podia nas relações trabalhistas. 

Tudo ok, não fosse o fato de que o mundo mudou muito nesses 80 anos. E aí, teve uma galera que começou a achar que ela precisava ser revista…

A pandemia

Sim, ela novamente.

A gente sabe que você provavelmente não aguenta mais ouvir falar sobre esse assunto, mas a verdade é que vamos passar ainda alguns anos tentando entender o que nos aconteceu nesse período e de que forma isso nos afetou enquanto sociedade.

E se não bastasse todo o resto, parece que a tal COVID 19 também mudou de vez as relações trabalhistas (aquelas que a CLT teve tanto cuidado de arrumar)

Se em 1943 a palavra de ordem era DIREITO, agora é FLEXIBILIZAÇÃO. Mas em nome de quê? E de quem?

Dançar para não dançar

O isolamento social imposto pelo vírus fez com que muitas empresas diminuíssem seus quadros profissionais, reduzissem salários e jornadas e até mesmo fechassem as portas.

Nesse cenário, quem tinha emprego fez de tudo pra manter ele bem seguro entre as mãos. Isso significa se adaptar às novas regras do jogo. O famoso “dançar conforme a música”.

Por outro lado, quem encarou o fantasma do desemprego, topou flexibilizar ainda mais para conseguir pagar as contas.

A tal “uberização”

Se você fizer uma pesquisa rápida na internet, vai ver que uma das áreas que mais cresceu na pandemia foram os apps de delivery. E quem garantiu a existência desse serviço? 

Os donos dos apps? Não!

Os donos das empresas conveniadas? Resposta errada!

Quem então? Os entregadores, é claro!

De moto ou de bike, milhares de pessoas aceitaram a empreitada de realizar entregas por longas horas diárias, de sol a sol, sem tempo de comer ou ir ao banheiro, para garantir o dindin de cada dia.

O mesmo vale para os aplicativos de carona. Quem não conhece alguém que “virou Uber” há pouco tempo?

O problema é que esse tipo de atividade não oferece garantias ao trabalhador. Ele não é CLT, nem PJ; perde os direitos trabalhistas e também não tem perspectiva ou possibilidade de ganhos maiores. É a chamada “uberização do trabalho”, em que a flexibilização alcança maior intensidade.

Pense: tanto o motorista quanto o entregador de aplicativo trabalham para uma empresa que lucra com o seu trabalho, mas não tem vínculo algum com ela.

Nem tudo é ruim

Hoje, com o fim da pandemia, a tendência da flexibilização das relações de trabalho segue firme. 

Você já ouviu falar de pessoas que vivem de freela?

Isso nada mais é do que um profissional autônomo que faz pequenos serviços para certas pessoas ou empresas e, quase sempre, sem contrato formal de trabalho. Sim, o famoso “bico”. 

E ainda que esse modelo de trabalho não exponha tanto o profissional (como no caso dos motoristas e entregadores), ele não traz segurança financeira. É o tal viver hoje sem saber se vai ter amanhã, o que certamente traz desgaste e prejuízos à saúde física e mental dos trabalhadores.

Se por um lado flexibilizar soa atraente - fazer seu próprio horário de trabalho não é mau, né? -, por outro, quando em excesso, pode deixar o trabalhador em uma condição de vulnerabilidade.

Você pode (e deve!) buscar as melhores formas de trabalho que se adequem ao seu perfil e necessidades. E isso não deve significar se colocar em risco


Quer fugir da “uberização”? Vem Refuturizar a sua carreira!