Há alguns anos, o mês de junho deixou de ser marcado apenas pelas Festas Juninas país afora. Ele agora também é lembrado por acolher uma das datas mais importantes para o movimento do Orgulho LGBTQIAP+.
O início
Era o ano de 1969. A homossexualidade ainda era considerada um crime em alguns estados dos EUA. Marginalizados, os gays se refugiavam em espaços aliados da comunidade, como o bar Stonewall Inn, em Nova York.
Por mais que vivessem em “guetos”, os homossexuais eram constantemente agredidos por policiais que faziam batidas nesses locais para prender pessoas.
Foi então que, cansados da perseguição, em 28 de junho, os homossexuais moveram um levante contra a opressão policial. A ação foi entendida como um momento de grande resistência e defesa da diversidade sexual, tornando-se então a data em que, internacionalmente, se comemora o orgulho LGBTQIAP+.
Aos poucos, não apenas o dia 28, mas todo o mês passou a receber ações de conscientização e combate ao preconceito.
A sigla
Muitas pessoas se sentem perdidas em relação à sigla - e é verdade, ela cresceu bastante nos últimos anos. Passamos de LGBT para LGBTQIAP+ nos últimos anos. E longe de ser uma sopa de letrinhas, cada uma dessas tem grande importância, representando os grupos que compõem o movimento.
L => Lésbicas
G => Gays
B => Bissexuais
T => Transexuais
Q => Queer
I => Intersexo
A => Assexual
P => Panssexuais
+ => o + é utilizado para incluir outros grupos e variações de sexualidade e gênero que fogem da heterocisnormalidade.
A luta
Faz 3 anos que a LGBTIfobia passou a ser crime no Brasil. Ainda assim, estamos entre os países em que esse tipo de violência mais se faz presente. Só em 2021, o número de pessoas mortas de forma violenta chegou a 320.
E de acordo com relatório da Transgender Europe, a violência física é a “ponta do iceberg”.
Apesar de hedionda e chocante, ela é apenas a parte visível de um problema muito maior. Afinal, o preconceito se manifesta todos os dias, de forma cruel e, muitas vezes, “silenciosa”.
Para entender isso, vamos ver alguns números, levantados pela Santo Caos e publicados pela Plata o Plomo, relativos ao ambiente de trabalho:
Apesar de mais “sutis”, mais difíceis de serem percebidas, esses são alguns dados que apontam para a profundidade e gravidade do problema.
Por isso, mais do que não ser LGBTQIfóbico, é necessário também tornar-se um aliado e combater a LGBTQIfobia.
Vem ver como:
Já parou pra pensar se você é LGBTQIfóbico? Você pode até achar que não, mas pode ter atitudes e falas que dizem exatamente o contrário e, pior, engrossam o caldo do preconceito.
Então, olhe para si com sinceridade e comece o trabalho por você mesmo.
Ninguém nasce sabendo… Tal como você, um dia, percebeu que precisava mudar certas atitudes, seus colegas podem estar precisando de uma ajuda para entender que também precisam rever sua postura.
Então, incentive ações de combate à LGBTQIfobia no seu espaço e, se puder, lidere treinamentos - mas cuidado, se houver alguém mais preparado para falar sobre o assunto que você, ceda o lugar, pois o objetivo é que todos aprendam o máximo possível
Se você não pratica o preconceito, mas se mantém calado quando está diante dele, não adianta, você não é verdadeiramente um aliado.
Não hesite e denuncie, porque LGBTQIfobia é crime!
A Refuturiza é uma empresa que abraça a diversidade e move esforços para construir um mundo melhor para todos. Vem com com a gente Refuturizar?