Vamos imaginar que a sociedade é uma grande estrada em construção.
Quando nascemos, damos os passos de nossa caminhada em cima das pedras que foram colocadas por aqueles que vieram antes de nós. E antes de sairmos deste mundo, é esperado que façamos o mesmo pelas gerações que virão.
Mas o que acontece quando colocamos nossa pedra em uma estrada diferente daquela em que fizemos a nossa caminhada?
É mais ou menos isso de que se trata a chamada “fuga de cérebros”. Você já ouviu falar nela?
A fuga
Para entender o que é essa tal “Fuga de Cérebros”, vamos retomar a metáfora que usamos no trecho anterior.
As pedras da estrada são o conhecimento que empregamos no desenvolvimento da nossa sociedade. E da mesma forma que, um dia, aqueles que vieram antes de nós contribuíram para o crescimento da nossa nação, é esperado que nós também deixemos a nossa colaboração.
Mas, de uns tempos para cá, tem aumentado o número de profissionais qualificados que deixam o Brasil em busca de melhores condições profissionais e de vida.
Assim, a contribuição dada por eles vai ajudar no desenvolvimento de outra sociedade que não a brasileira.
Isso é errado? Se feito dentro dos parâmetros legais da imigração, não. Mas definitivamente é um problema para nós, ou melhor, para o país que perde esses profissionais.
No mundo
Sim, a “fuga de cérebros” é uma realidade em todo o mundo, e em até certo nível é esperado que ela aconteça. Afinal, o intercâmbio de saberes entre pessoas de origens, culturas e formações diferentes só tem a contribuir para o desenvolvimento global da ciência.
O problema é que esse fluxo migratório, geralmente, acontece com profissionais qualificados saindo de países menos desenvolvidos para países desenvolvidos - o chamado “1º mundo”.
E quais as consequências disso?
Estagnação e mesmo retrocesso da produção científica e tecnológica dos países que perdem esses profissionais, o que representa atraso no processo de desenvolvimento.
Em longo prazo, temos uma desvalorização do mercado de trabalho e, consequentemente, um efeito econômico negativo.
No Brasil
E por que o Brasil é visto como um “expulsor de profissionais qualificados”?
São vários os motivos: ausência de políticas públicas eficientes de apoio à formação profissional, pouco investimento em ciência, condições trabalhistas precárias e renda inferior à média mundial.
Nos últimos anos, a “fuga de cérebros” aumentou 40%, o que nos levou à 80ª posição do ranking mundial. De acordo com Felipe Monteiro, professor do INSEAD, “o mundo está se desenvolvendo e o Brasil não está conseguindo acompanhar”
Se quisermos crescer economicamente e ganhar mais destaque no cenário mundial, precisamos mudar essa realidade.
Como prevenir
Precisamos entender a importância de desenvolvermos mecanismos efetivos de retenção de talentos, seja no âmbito privado - ou seja, dentro das empresas -, seja no público - com a criação de políticas públicas efetivas.
Vamos ver algumas medidas importantes nesse sentido:
O esforço para conter a fuga de cérebros deve ser coletivo, afinal ele impacta a nossa sociedade como um todo.
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