Sim, estamos com um pezinho no trabalho presencial.
No último dia 05 de maio, a OMS declarou o fim da emergência de saúde global com a COVID-19.
Isso não significa que o vírus deixou de existir, mas sim que, com a vacinação em massa, os riscos diminuíram bastante e, assim, já é possível voltar ao padrão de vida que tínhamos antes da pandemia.
Já voltamos a frequentar espaços fechados sem a necessidade de máscaras, como restaurantes, cinemas e igrejas. Com isso, as empresas têm percebido que é hora de voltar ao presencial.
Vamos entender isso melhor?
Home Office de improviso
A cultura do home office não era típica do nosso país.
Quando a pandemia do vírus SARS-coV-2 foi confirmada, líderes e colaboradores precisaram descobrir, de uma hora para outra, como fazer esse modelo funcionar para que as empresas não interrompessem o seu funcionamento.
Dois anos e meio depois, o conhecemos profundamente e sabemos apontar o que funciona e (principalmente) o que não funciona nele.
As vantagens do trabalho presencial
- Contato com outras pessoas
Trabalhar de casa trouxe para os colaboradores uma condição permanente de isolamento. Por mais que estejamos conectados, do outro lado da tela há um profissional só.
E qual é o problema disso?
Os especialistas falam que a solidão traz consequências invisíveis, mas profundas aos indivíduos, como desânimo, estresse e ansiedade.
Além disso, muitas pessoas também relatam um quadro de esgotamento profissional, o que se conecta diretamente com o próximo tópico.
- Criatividade e colaboração
Você, certamente, já ouviu aquele ditado que diz que “duas cabeças pensam melhor do que uma”.
É notório que, quando estamos lado a lado com um colega, nosso brainstorming (tempestade de ideias) rende muito mais e conseguimos chegar a ideias e resultados de forma mais rápida e eficaz.
Na troca, não há perda. Você não se sente esgotado porque, ao mesmo tempo em que contribui com os seus pensamentos, também ouve e recebe estímulos.
- Motivação
O desânimo do isolamento tem como antídoto o contato direto com os colegas de trabalho. Quando estamos lado a lado, nos motivamos uns aos outros.
Se hoje você está com a energia baixa, eu te ajudo a levantar. Amanhã, pode ser o inverso.
Perceber que o outro precisa de uma mão, de um estímulo, de uma motivação é muito mais difícil quando não estamos no mesmo ambiente.
- Desenvolvimento pessoal
Nós já falamos algumas vezes aqui que, hoje em dia, um dos pontos mais valorizados pelos recrutadores são as soft skills dos candidatos. No entanto, essas habilidades sócio-emocionais só são desenvolvidas quando estamos em contato direto com outras pessoas.
Empatia, comunicação, flexibilidade e escuta ativa são alguns exemplos que nos mostram que a convivência é essencial para a expansão dessas competências.
- Fim do trabalho infinito
Levanta a mão quem se sentiu em um fluxo infinito de trabalho durante o home office!
Brincadeiras à parte, esse foi um dos pontos que mais prejudicou os trabalhadores. Estar em casa trouxe uma flexibilidade ruim para a rotina. Isso significa que a maioria das pessoas se viu trabalhando muitas horas depois do fim do expediente, uma vez que casa e escritório passaram a ser uma coisa só. Assim, o retorno ao presencial representa, também, o fim dessa tal “produtividade infinita”, que só faz gerar cansaço excessivo e, no fim das contas, prejudica o rendimento do profissional.
- Separação entre vida pessoal e profissional
Parece muito bom trabalhar com roupas confortáveis, descabelado e a dois passos do próprio banheiro, né? O problema é que, ao mesmo tempo em que isso traz uma maior comodidade, também representa um encurtamento na fronteira entre vida pessoal e profissional.
Você está no meio de uma tarefa e o interfone toca. Como você está em casa, se sente na obrigação de atender, ainda que saiba que “em condições normais”, a situação se resolveria de outra forma, sem a necessidade da sua intervenção.
O cachorro pede para passear, o filho pede ajuda e, quando você menos se dá conta, está fazendo reunião e mexendo a panela de feijão ao mesmo tempo!
O resultado: prejuízo para ambos os lados.
Com o trabalho presencial, conseguimos estabelecer que, para cada coisa, há o seu devido tempo e espaço.
Tudo novo de novo
Mas é claro que o home office não teve só aspectos negativos. Por isso, muitos escritórios estão investindo em maleabilidade nesse momento de retorno.
O fim da exigência por roupas excessivamente formais, flexibilização da rotina e modelo híbrido são algumas das soluções que estão mais em alta neste momento. Assim, é possível unir o melhor de dois mundos e criar um ambiente de trabalho melhor para todos.
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