Há alguns anos, uma propaganda de um canal esportivo popular mostrava lances espetaculares de diversos esportes sem revelar os atletas por trás deles.
Os espectadores dessas cenas, quando perguntados, raramente atribuíam as jogadas a atletas femininas. E qual não foi a surpresa quando descobriram que todas eram mulheres.
Esse evento é um exemplo de um dos principais e mais antigos problemas da nossa sociedade: a desigualdade estrutural do gênero.
Nesta semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, a gente poderia trazer inúmeros dados que comprovam que a luta pela equidade de gênero está só no início.
Mas hoje vamos fazer diferente. Vamos mostrar a você algumas mulheres admiráveis, que fizeram e fazem história, para que sua lista tenha cada vez mais pessoas do gênero feminino.
Nascida no estado do Alabama, no sul dos EUA, uma das regiões em que a segregação racial se manifestou de forma mais intensa no país, ela foi uma importante figura na luta pela igualdade racial.
Em 1955, Rosa foi presa por se recusar a ceder lugar no ônibus para um homem branco. Na época, as leis do país determinavam que certos assentos fossem reservados a pessoas brancas.
Sua prisão provocou uma série de protestos que resultaram no fim das leis de segregação.
Nascida na Rússia, a astronauta foi a primeira mulher da história a ir ao espaço, em 1963.
Em 2012, uma menina paquistanesa de 13 anos sofreu um atentado enquanto voltava da escola.
Uma das três balas disparadas contra ela atingiu o seu rosto e a deixou inconsciente por vários dias.
O grupo fundamentalista Talibã assumiu a autoria do atentado.
Mas por que eles tinham interesse em matar a jovem?
Pelo simples fato dela defender publicamente o direito das meninas de seu país poderem frequentar a escola.
A cientista teve grande importância para o avanço dos estudos químicos.
Foi responsável por descobrir alguns dos elementos da tabela periódica, como o rádio e o polônio - permitindo a criação do raio-x.
Em 1903, foi a primeira mulher a receber o Prêmio Nobel de Física. Posteriormente, em 1911, recebeu o Prêmio Nobel de Química.
Em 1953, uma menina de apenas 13 anos surpreendeu a todos com sua voz no show de calouros de Ary Barroso.
Franzina e usando roupas muito maiores que o seu tamanho, ouviu do apresentador a seguinte pergunta: "de que planeta você veio?"
"Do planeta fome!"
Assim nascia para o mundo a cantora brasileira que viria a ser eleita a "voz do milênio" em uma pesquisa da BBC de Londres.
Foi uma grande ativista contra a transfobia e a violência policial à população LGBT em Nova York.
Trabalhou para a conscientização sobre o vírus HIV, lutou pelos direitos básicos dos jovens LGBT e protagonizou a Rebelião de Stonewall.
Em 1983, a farmacêutica cearense Maria da Penha sofreu dupla tentativa de assassinato por parte do seu marido. As consequências das agressões ficaram marcadas em seu corpo para sempre: Maria se tornou paraplégica.
Seu marido foi condenado somente 19 anos depois, a poucos meses da prescrição dos crimes.
Seu caso foi o primeiro reconhecido como Violência Doméstica e é por isso que a lei que prevê punição para este tipo de crime leva o seu nome
Missionária nascida nos EUA, mudou-se para o Brasil na década de 1970, fixando residência na região amazônica. Lá, passou a integrar projetos de defesa da floresta e das populações locais.
Sua luta levou-a a ser assassinada em 2005, aos 73 anos.
Se hoje ouvimos e dançamos samba, muito devemos a Hilária Batista de Almeida, mais conhecida como Tia Ciata.
Apesar das manifestações culturais e artísticas negras serem proibidas, era em sua casa que os músicos se reuniam para tocar e compor. Por isso, ela também é considerada um símbolo de resistência.
Aos 18 anos, a pintora mexicana sofreu um acidente de ônibus que mudaria a sua vida para sempre.
Frida se salvou mas não teve a saúde recuperada por completo.
Suas obras, enquadradas na escola surrealista, são impregnadas pela identidade nacional mexicana, além de tratarem também das questões pessoais da artista.
Brasileira e médica psiquiátrica, Nise revolucionou a abordagem a pacientes com transtornos mentais ao rejeitar recursos agressivos - como eletrochoque, camisa-de-força e lobotomia - e propor tratamentos (eficazes) através da arte.
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