Em 1949, o professor e escritor Joseph Campbell publicou um livro que traria um profundo impacto à forma como se contavam histórias: "O herói de mil faces". Na verdade, Campbell não propunha nada novo. Apenas identificava, como pesquisador, o passo a passo milenar para desenvolver enredos atraentes e, mais do que isso, apaixonantes.
Os heróis e os filmes
Você sabe o que o Super-Homem, Luke Skywalker e Harry Potter têm em comum? A história!
Calma, a gente te explica.
Se formos analisar a estrutura narrativa de cada um desses personagens, vamos ver que elas seguem a linha daquilo que Joseph Campbell chamou de “A Jornada do Herói”. Essa estrutura foi decodificada por ele a partir da análise de inúmeros mitos, dentre eles, e principalmente, aqueles vindos da tradição grega.
E por que essas histórias foram escolhidas por ele para serem seu objeto de estudo?
Muito simples: porque elas sobreviveram ao tempo!
Uma História contada
O marco que determina o início da História (sempre que nos referimos à História como ciência que estuda as ações do homem através do tempo, devemos usar letra maiúscula, ok?) é o surgimento da escrita. Tudo o que veio antes disso é a Pré-história.
Isso nos mostra o poder e a importância que a escrita tem em nossas vidas. Já imaginou como seria viver em um mundo sem nada escrito?
Na verdade, não precisamos imaginar. No início, a humanidade contava com poucos recursos para transmitir suas ideias e pensamentos: os desenhos, como os rupestres, feitos nas paredes das cavernas; e a fala, ou melhor, a tradição oral.
Você sabe o que é isso?
Sem a possibilidade de registrar graficamente os ensinamentos de vida de uma geração para a outra, o homem transmitia o seu conhecimento oralmente. E isso não era feito de uma forma qualquer, mas sim a partir da contação de histórias.
Foi assim que surgiram as lendas, os mitos, as parábolas… Histórias cheias de ensinamento e, muitas vezes, de valores morais.
É possível dizer, então, que a História é construída por muitas histórias.
História para educar
Não foi apenas pela ausência da escrita que nós construímos a tradição oral. É bem verdade que, mesmo depois do seu surgimento, poucas pessoas eram alfabetizadas e sabiam ler e escrever, mas os motivos vão além.
Hoje em dia comprovamos cientificamente aquilo que a humanidade já sabia há tempos: nós aprendemos, memorizamos e retemos o conhecimento quando ele é apresentado para nós sob o formato de uma história.
Não à toa, em diversas civilizações, em especial entre os povos autóctones, existe uma figura detentora dos saberes (uma espécie de professor) que transmite o conhecimento através da contação de histórias, tal como os griots da África Ocidental.
Storytelling e marketing
Foi justamente a partir do conhecimento acerca da eficiência da contação de história que profissionais do marketing decidiram se apropriar dessa técnica para aprimorar os seus resultados.
Quando uma empresa conta a sua história da maneira correta - com começo, meio, fim, personagens e clímax - ela tem muito mais chance de construir vínculos com o seu público. A história gera identificação e, assim, os clientes passam a se sentir parte daquela marca.
E se estamos pensando em vendas, o Storytelling também pode ser uma excelente “carta na manga” para quem quer investir na autopromoção. Afinal, se queremos ser profissionais de destaque, precisamos, antes de qualquer coisa, aprender a contar e a valorizar a nossa própria trajetória pessoal e profissional. Lembre-se: o seu mérito deve ser reconhecido primeiramente por você mesmo.
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