Se for a clássica cena em que um professor fala e escreve no quadro enquanto os alunos anotam, precisamos te dizer que isso é coisa do passado.
Durante a maior parte da história da educação, os alunos foram tradicionalmente colocados em uma posição “passiva” em relação à aprendizagem.
E o que isso significa?
Bom, vamos começar entendendo o conceito de passividade. Estar passivo significa se colocar/ser colocado em uma posição de simples aceitação das ações externas, ou seja, sem ter autonomia.
Durante muito tempo, esse foi o modelo que fez sentido para os educadores, afinal se eram eles os detentores do conhecimento, porque deveriam os estudantes dar algum “pitaco” sobre a forma de aprender - a própria palavra “aluno” traz essa noção; do latim alumnus, significa criança pequena, que ainda depende de cuidados.
Mas com o passar dos anos, os pesquisadores começaram a entender que, quanto mais o aprendiz se envolve no processo de aprendizagem, mais ele aprende.
Na metodologia ativa, o aluno é colocado na posição de protagonista do processo de ensino-aprendizagem. Já o professor, que antes ocupava esse lugar por ser o detentor do conhecimento, passa a ser visto como um suporte ao estudante, dando auxílio e orientação sempre que necessário.
A ideia aqui não é que o aluno construa sozinho o seu conhecimento, mas que ele tenha autonomia para construir seus próprios caminhos de descoberta e possa, quando quiser, ir além daquilo que foi inicialmente proposto.
Como você pode ter percebido, a metodologia ativa é um princípio, ou seja, uma ideia base sobre a qual podem ser construídos diversos modos de desenvolver a aula.
Vamos ver alguns deles?
O professor apresenta, como estímulo, uma situação problema para que os alunos busquem uma solução para ela.
O professor ocupa, então, a posição de mediador, orientando, instigando e comentando as soluções apresentadas.
Similar à proposta anterior, aqui os alunos também precisam construir soluções para problemas reais.
A diferença é que, enquanto na primeira eles não têm objetivos já pré-estabelecidos, na segunda o professor já indica claramente, desde o início, onde todos devem chegar ao final do projeto.
Se você conhece ou já ouviu falar no universo gamer e o sucesso que ele faz entre jovens e adultos, vai entender facilmente essa proposta.
Aqui, a ideia é trazer a estrutura dos jogos digitais para dentro do espaço de ensino-aprendizagem como forma de estímulo à solução de problemas. E tal como nos games, a diversão é ingrediente indispensável
Materiais interativos, regras, equipes e pontuação são algumas das características que podem aparecer na aprendizagem por gamificação.
Em lugar do modelo tradicional - que mencionamos acima -, em que o professor traz o conteúdo para os alunos, aqui acontece o contrário.
Antes mesmo de irem para a sala de aula, os estudantes, de maneira independente, estudam e pesquisam um determinado tema. Somente depois é que, coletivamente e com o apoio do professor, vão compartilhar e receber orientação sobre o que encontraram e entenderam.
Os alunos são divididos em duplas para que se apoiem e se ajudem em uma construção conjunta do conhecimento.
Similar à anterior, em vez de duplas, os alunos se organizam em equipes.
A troca de ideias é muito importante para que cada um possa ter contato com diferentes pontos de vista e formas de pensamento.
Aqui na Refuturiza você é sempre o protagonista do seu aprendizado. E mais do que isso: é o autor da sua história!