Você já deve ter ouvido alguém dizer: os alunos de hoje não são como os de antigamente…
E isso é a mais pura verdade.
O homem caminha no mesmo compasso da história e, se hoje a realidade é muito diferente da de antigamente, por que as pessoas seriam iguais?
É claro que essa conta não fecha. Mas, ainda assim, muitas pessoas não se conformam com as mudanças e desejam aplicar, no presente, metodologias que pertencem ao passado, principalmente quando o assunto é educação!
Se os alunos não são mais os mesmos, se o mundo não é mais o mesmo e a tecnologia não é mais a mesma, por que insistimos em agir como se nada tivesse mudado?
Passado é referência e não modelo
“Uma analogia cabível é com o automóvel, em que o retrovisor é sempre menor que o para-brisa. Claro! Porque passado é referência, não é direção. Nosso horizonte, que é o que o para-brisa mostra, é o futuro. E ele é maior e mais amplo do que o que vemos no retrovisor”
É isso que nos ensina o professor, filósofo e escritor Mário Sérgio Cortella.
Ao usar essa metáfora do automóvel, ele nos mostra que o passado não deve ser ignorado - afinal, só podemos andar por uma estrada hoje porque pessoas que vieram antes de nós a construíram ontem. Mas devemos olhar para ele apenas como referência, porque é para frente, ou seja, em direção ao futuro que devemos caminhar!
E de que forma podemos fazer isso?
Pirâmide de Glasser
O psiquiatra e estudioso da saúde mental William Glasser desenvolveu uma teoria importante para a construção da educação do século XXI.
Ele analisou a maneira como nós, humanos, absorvemos o conhecimento e chegou às seguintes informações:
10% do nosso conhecimento vem daquilo que lemos
20% do nosso conhecimento vêm daquilo que escutamos
30% do nosso conhecimento vêm daquilo que assistimos
50% do nosso conhecimento vêm daquilo que, simultaneamente, escutamos e observamos
70% do nosso conhecimento vêm daquilo que debatemos, perguntamos ou discutimos
80% do nosso conhecimento vêm daquilo que escrevemos, interpretamos e fazemos
95% do nosso conhecimento vêm daquilo que ensinamos
Agora, volte a essas informações e repare o seguinte: as maiores taxas de absorção de conhecimento acontecem quando nos colocamos de maneira ativa em relação ao conhecimento, debatendo, escrevendo, ensinando…
O retrovisor
Como pontuou Mário Sérgio Cortella, o passado é como um espelho retrovisor: devemos olhar para ele apenas para orientar o nosso percurso adiante.
O modelo educacional tradicional, aquele que estamos (ainda) mais habituados a ver é aquele em que os alunos são colocados de forma passiva em relação ao conhecimento.
Como assim?
O professor escreve, o aluno lê.
O professor fala, o aluno escuta.
O professor faz, o aluno observa.
É claro que é possível aprender assim - afinal, chegamos até aqui -, mas, definitivamente, não é a maneira mais eficaz ou mais vantajosa para o aluno.
Seguindo esse modelo, ele precisará de mais tempo e mais esforço para adquirir o mesmo conhecimento que alcançaria de forma mais rápida e eficiente com as metodologias ativas.
Metodologias ativas
Sai a passividade e entra em cena a atividade.
Se antes o aluno era coadjuvante do processo de ensino-aprendizagem, ele agora é protagonista. Ele está no centro e “coloca a mão na massa”, ou seja, constrói o saber junto do professor.
E como isso funciona na prática?
=> O aluno pesquisa o assunto e leva para sala de aula; ou
=> O aluno “ensina” ao professor e aos colegas o que aprendeu através de seminários e apresentações; ou
=> O aluno aprende através de jogos; ou
=> O aluno busca soluções para uma situação-problema entre tantas outras opções e caminhos.
Isso torna a educação mais eficiente, significativa e, mais do que isso, interessante para o aprendiz.
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