Você provavelmente já ouviu falar daquelas pessoas que mantiveram uma rotina de estudos de 12 horas diárias para alcançar suas metas, certo?
Elas nos ensinam que é muito importante ter foco e se dedicar àquilo que desejamos. Mas para alcançar os nossos objetivos não é necessário passar tantas horas seguidas estudando - um hábito que, inclusive, não faz bem para a saúde.
Quando se trata de aprendizado, a qualidade é mais importante do que a quantidade. Por isso, hoje vamos te mostrar técnicas que vão te ajudar a potencializar o seu tempo dedicado ao estudo e melhorar os seus resultados.
Vamos ver?
Um dos grandes problemas de quem estuda é conseguir gerenciar o tempo, seja para conciliar a rotina de aprendizado e estudo, seja para dar conta de toda a matéria e dos mais variados conteúdos.
É aí que entra a técnica POMODORO. Ela recebeu esse nome porque o seu criador, Francesco Cirillo, decidiu usar o timer de cozinha (uma espécie de cronômetro que usa um alerta sonoro para avisar sobre o término de um determinado período de tempo) em formato de tomate (pomodoro em italiano).
Esse “reloginho” usado por ele marcava 25 minutos e, durante esse tempo, ele se concentrava 100% em uma única tarefa. Os resultados foram muito positivos!
Como funciona a técnica:
Primeiro, faça uma lista com as suas tarefas do dia
Em seguida, marque 25 minutos no seu timer (a maioria dos celulares de hoje possuem essa função)
Durante esse tempo, foque apenas nas tarefas da sua lista - nada de olhar as redes sociais, hein!
Ao final desse período, marque aquilo que você já concluiu. Caso não tenha chegado ao final de uma tarefa, sinalize o que foi feito (25%? 50%?)
Agora, é hora de fazer um breve intervalo de 5 minutos. Durante esse tempo, não faça nada relacionado a essas tarefas. Use o tempo para tomar um café, ouvir uma música, fazer uma ligação etc.
Depois de 4 ciclos como esse (25 +5), faça um intervalo um pouco maior, entre 15 e 30 minutos.
Experimente a técnica pomodoro e veja como ela propicia maior foco e organização na sua rotina.
Quando escrevemos um resumo, geralmente, desenvolvemos o assunto que estamos tratando de uma forma linear, como se um fato fosse seguido de outro. Mas a realidade não é assim, nem o nosso pensamento.
É por isso que o mapa mental é um excelente caminho para organizar as ideias, mostrando a conexão entre os mais variados tópicos que compõem o conteúdo que está sendo trabalhado.
Como funciona a técnica:
Primeiro, identifique o tópico central que está sendo trabalhado, como “Primeira Guerra Mundial”, “Sistema Digestivo”, “Classes de Palavras” etc. Ele deve ficar no centro da folha.
Em seguida, vá adicionando ramificações a esse tópico central à medida em que novas informações importantes forem surgindo.
É fundamental que os tópicos afins estejam graficamente unidos.
O desenho final será como uma árvore, em que seus galhos vão construindo novas ramificações.
Essa técnica é perfeita para quem tem dificuldade de memorizar os conteúdos que estudou.
É muito comum que alguns estudantes esqueçam os conteúdos já estudados poucos dias depois. E isso pode ser um gatilho para muita ansiedade - afinal, você tem a sensação de que caminha, mas não sai do lugar.
Isso acontece porque existe uma coisa chamada "Curva do Esquecimento". No final do século XIX, um filósofo alemão chamado Hermann Ebbinghaus conseguiu demonstrar, após anos de intenso estudo, a quantidade de informações que os seres humanos são capazes de reter em um dado período de tempo. Cerca de 80% daquilo que estudamos se perde na primeira semana.
A Prática Distribuída, então, é uma maneira de reduzir os efeitos da curva.
Como funciona a técnica:
A ideia aqui é distribuir o conteúdo ao longo do tempo em lugar de concentrá-lo em um curto período.
O primeiro passo, então, é distribuir o seu horário em pequenas sessões de cerca de 30 min, com intervalos de 5 min entre elas.
Intercale os assuntos a cada uma dessas sessões.
Antes de começar uma nova sessão, pratique a Recordação Ativa, ou seja, tente se lembrar daquilo que estudou nos minutos anteriores sem consultar suas anotações.
Semanalmente, faça testes para recordar os assuntos que já foram estudados.
Por fim, inclua no seu cronograma de estudos datas específicas para revisar os conteúdos já vistos.
O nosso cérebro compreende e armazena mais facilmente as informações se consegue estabelecer uma linha lógica entre os tópicos de um assunto.
Assim, nessa técnica, o estudante deve, a todo tempo, se perguntar o “porquê” de cada coisa.
Perguntas que podem ser feitas:
O que aconteceu?
Quem fez?
Onde?
Quando?
Como?
O que o motivou?
Quais foram as consequências?
Você pode escolher as perguntas que melhor se adequem ao assunto estudado.
Como o próprio nome diz, essa é uma técnica que serve para testar se o estudante de fato compreendeu e armazenou os conteúdos estudados.
Como fazer:
Elabore ou busque na internet questões sobre o tema que está sendo trabalhado.
Em seguida, reserve um dia e horário para resolver as questões.
Tente resolvê-las sem consultar os seus materiais. Separe aquelas para as quais você não conseguir encontrar uma solução.
Depois, retome as questões não resolvidas e faça uma pesquisa até que chegue a um resultado satisfatório.
Dizem que a melhor maneira de aprender é ensinar.
William Glasser, um psiquiatra americano, chegou à conclusão de que 95% da efetividade daquilo que aprendemos acontece quando ensinamos.
Por isso, nessa técnica, você pode escolher dois caminhos (ou realizar os dois):
Formar um grupo de estudos em que os integrantes exercitem a explicação uns com os outros; e/ou
Explicar para você mesmo aquilo que acabou de estudar.
É fundamental que a explicação seja feita com as suas próprias palavras. Só assim você terá certeza de que o conteúdo foi, de fato, assimilado.
Estudar é o melhor caminho para transformar a sua vida e alcançar os seus objetivos.