Quem nunca ouviu aquela piadinha:

“Eu tenho duas coisas de sobra: dívida e vontade de gastar”?

Mas a verdade é que, longe de ser só uma brincadeira, o endividamento é uma realidade bastante pesada para grande parte dos brasileiros.

Em março de 2022, por exemplo, pesquisas apontaram que alcançamos o maior percentual de endividados nos últimos 12 anos. De acordo com reportagem do portal de notícias G1, “77% das famílias fecharam o mês com alguma dívida: no cheque especial, empréstimo consignado, prestação do carro, carnê de loja e, principalmente, no cartão de crédito”.

Por que nos endividamos?

Essa não é uma resposta simples. São muitos os motivos que levam uma pessoa  a se endividar.

Existem fatores externos, como por exemplo:

• A crise econômica
• A inflação
• O desemprego
• A alta dos juros…

Mas certos hábitos também são bem prejudiciais, como:

• Compras por impulso
• Falta de controle de gastos
• Uso indiscriminado do cartão de crédito
• Falta de educação financeira…

Enquanto os fatores externos fogem ao nosso controle - e muitas vezes são imprevisíveis -, os hábitos são elementos internos, que podem ser mudados e cujo esforço depende unicamente de nós. E quanto mais trabalhamos aquilo que podemos mudar, menos sentimos as mudanças externas (que estão fora do nosso alcance).

Como planejar as finanças?

• Não fuja da planilha

Você sabe quais são os seus gastos fixos mensais? Qual o percentual da sua renda mensal é voltada para esses gastos ? E quanto você costuma gastar com supérfluos?

Se você não soube responder a essas perguntas, está faltando uma planilha financeira na sua vida. 

Para conseguir se organizar financeiramente, é essencial visualizar essas informações para entender em quais pontos a “conta não fecha”. Onde você está gastando mais do que poderia?  É isso que você precisa descobrir!

• Vontade não é necessidade

Nem sempre tudo o que queremos é realmente necessário.

E tudo bem desejar coisas supérfluas, mas elas devem ocupar o lugar certo na lista de prioridades.

Vamos pensar juntos: entre poupar dinheiro para comprar roupas novas ou investir na sua educação, a 2ª deve sempre ser a prioridade, já que esse é um gasto que traz retornos positivos no futuro.

• Fontes alternativas de renda

Quando o que sai é mais do que aquilo que entra, o saldo sempre será negativo. 

Se esse é o seu caso, o primeiro passo é refletir se seus gastos mensais são com itens realmente necessários ou se há excesso de supérfluos na lista.

Pode sim acontecer de seu salário no momento presente ser inferior ao valor que você efetivamente precisa para viver. Quando isso acontece, é necessário investir em dois movimentos simultâneos:

• Buscar novas e melhores oportunidades profissionais
• E, paralelamente a isso, procurar fontes de renda alternativas para suprir esses gastos extras, como serviços de freelancer, negócio caseiro ou mesmo aulas particulares.

• Negocie

Quando as dívidas viram uma bola de neve, é hora de negociar com os credores.

Todos os anos, o Serasa, empresa que atua diretamente na análise de informações para decisões de crédito, realiza o “Feirão Limpa Nome”, em que credores e devedores se reúnem para fechar um acordo e facilitar o pagamento da dívida. Os descontos chegam a até 99% e são uma excelente oportunidade para acabar com uma preocupação e “liberar” uma boa fatia do orçamento.

5. Cuidado com o cartão de crédito

O cartão de crédito pode ser um grande facilitador, mas nem todas as pessoas sabem como usá-lo de maneira saudável.

Como não se “vê” o dinheiro saindo da conta  (ou da carteira), é muito comum que se perca a noção de quanto gastou. 

Para não perder o controle dos gastos, é importante usar o cartão de débito ou mesmo dinheiro para os pagamentos cotidianos e deixar o cartão de crédito para as compras de maior valor, que precisam ser parceladas.

Mas cuidado com o parcelamento. É de parcela pequena em parcela pequena se chega a uma fatura imensa…

6. Defina suas metas

Como tudo na vida, o planejamento financeiro também exige metas e objetivos. Você já descobriu os seus?

É a partir dele que você conseguirá criar metas de curto, médio e longo prazo para usar o seu dinheiro da maneira que deseja.

Comprar um carro? Uma casa? fazer uma viagem ou um curso? Não importa! A questão é se organizar e estabelecer metas mensais de economia para alcançar o seu sonho.

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