Autodisciplina para eficácia do ensino híbrido
O ensino híbrido chegou para ficar, mas será que você sabe como se organizar para ele? Então, vem com a gente descobrir como fazer ele funcionar corretamente.
Você já conhece o ensino híbrido?
A palavra híbrido tem origem na biologia, mais especificamente no segmento da genética, para se referir ao cruzamento entre espécies ou raças distintas. Com o passar do tempo, nós nos apropriamos dessa palavra para falar sobre tudo aquilo que é formado por elementos diferentes.
Então, quando falamos de ensino híbrido, nos referimos a um modelo que nem é 100% presencial e nem 100% EAD, mas sim uma mistura dos dois.
Em geral, ele é oferecido de 4 maneiras diferentes:
- Sala de aula invertida: o aluno recebe previamente o conteúdo que será abordado em sala e usa o espaço do encontro presencial apenas para a discussão do conteúdo e possíveis dúvidas.
- Flex: o aluno pode optar por assistir às aulas 100% online, mas pode participar de encontros presenciais sempre que necessário
- À la carte: as aulas são oferecidas no modelo tradicional (100% presencial), mas o aluno pode optar pelo formato EAD síncrono e assistir às aulas 100% no ambiente virtual
- Rotação por estações: a turma é dividida em grupos e há uma rotação entre as atividades presenciais e virtuais, de modo que todos participem de ambas.
O ensino híbrido tem muitas vantagens, principalmente para quem precisa de flexibilização. Mas para que ele funcione corretamente, é preciso autodisciplina. Isso porque - você deve ter notado - a palavra de ordem do modelo híbrido é a autonomia.
O aluno é protagonista do processo de ensino-aprendizagem e estrutura a sua própria rotina de estudos. E para que tudo dê certo, precisa acreditar no seu caminho e ser leal a ele, sem deixar de seguir o cronograma de atividades e permitir que os conteúdos se acumulem.
Os quatro quadrantes do tempo
Falar de disciplina e organização pode ser algo assustador para a maioria das pessoas. Parece difícil, chato e para poucos - aqueles que verdadeiramente têm o dom para a coisa. Mas isso não é verdade.
Disciplina e organização são, simplesmente, uma questão de estratégia.
E um dos métodos mais eficazes para usar o tempo de maneira otimizada é dividir as atividades usando o critério dos quatro quadrantes.
Começamos classificando as tarefas:
=> Na linha vertical, classificamos as tarefas em URGENTE e NÃO URGENTE. Entendemos como Urgentes as atividades que têm um prazo curto ou imediato de entrega
=> Na linha horizontal, classificamos as tarefas em IMPORTANTE e NÃO IMPORTANTE. Entendemos como Importantes as atividades que contribuem para que você alcance os seus objetivos, aquelas que são compatíveis com os seus interesses.
Cruzando essas 4 informações, teremos 4 quadrantes:
- Necessidade: aquilo que é URGENTE e IMPORTANTE:
Devem ser prioridade na sua lista de tarefas. Aqui entram os seus estudos, a sua saúde, o seu trabalho, os seus relacionamentos etc.
- Eficiência: aquilo que é IMPORTANTE e NÃO URGENTE:
Sempre que desejamos alcançar algo, precisamos pensar à frente. Aqui, então, entram os objetivos de médio e longo prazo, que devem ser construídos de pouco a pouco, constantemente, como os novos projetos, viagens, mudança de casa etc.
- Frustração: aquilo que é URGENTE e NÃO IMPORTANTE:
Você já calculou quantas vezes é interrompido para resolver problemas que não são seus? E quantas vezes seu fluxo de tarefas é pausado por ligações, notificações, e-mails e mensagens que em nada contribuem para a sua rotina? Todas essas coisas fazem parte deste terceiro quadrante que agrupa as atividades que frustram a sua otimização do tempo.
- Desperdício: aquilo que é NÃO URGENTE e NÃO IMPORTANTE
Nesse quadrante estão as horas não-produtivas do seu dia, que são gastas em atividades não urgentes e não importantes. E que atividades são essas? São as chamadas “atividades de fuga”. Excesso de TV e celular são bons exemplos. Quantas vezes você parou 5 minutinhos para olhar uma mensagem e, quando se deu conta, passou mais de uma hora “rolando a tela” do telefone?
Esses “ladrões de tempo”, em geral, são o que fazem a nossa rotina ficar “empacada” pela baixa produtividade e, portanto, devem ser evitadas - no melhor dos casos, eliminadas - do nosso dia a dia.
Pessoas que sabem otimizar o tempo buscam se manter, sempre, nos quadrantes 1 e 2, mas para que isso aconteça é necessário ter bem claro para si a sua lista de tarefas a cumprir, e é aí que entra o planejamento.
Planejar para conquistar
Você conhece a “filosofia” de Zeca Pagodinho? É aquela que diz “deixa a vida me levar, vida leva eu”...
Brincadeiras à parte, tem muita gente que segue esses princípios, seja no âmbito pessoal, seja no profissional. Só que se você tem metas e objetivos para alcançar, não pode viver de acordo com esse pensamento.
Um dos momentos mais importantes do planejamento é organizar como será a sua semana: o que você precisa cumprir durante esse tempo?
Anote em um papel todas as atividades da sua semana, incluindo os compromissos (como reuniões, aulas ou consultas médicas) e também os prazos e as metas. Agora, identifique a qual quadrante pertence cada uma delas. Por fim, organize-as ao longo dos dias da semana, levando em consideração os critérios da urgência e da importância.
Faça isso previamente para que você já comece a segunda-feira com a sua agenda organizada.
Mas lembre-se: uma das melhores maneiras de não deixar de cumprir seus planejamentos é estabelecer metas possíveis de serem realizadas. Se você superlota a sua semana, as chances de não dar conta são grandes - e frustração é uma das principais portas para a autossabotagem. Deixe, na sua semana, espaço para descansos e imprevistos. Afinal, uma agenda folgada é uma agenda possível de ser cumprida.
Com autodisciplina, o ensino híbrido deixa de ser desafio e passa a ser solução!
Pense diferente e Refuturize os seus conceitos!