Foco no Enem: crescimento econômico no pós-pandemia

“Economia sente os impactos do mundo pandêmico.”

“Para onde vai a economia?”

“Estamos preocupados com a economia!”

Você certamente já ouviu essas e muitas outras frases parecidas. Às vezes, parece até que “essa tal economia” é uma pessoa, só pelo jeito como as pessoas falam dela.

E mesmo que muito se fale, quase sempre, muito pouco se entende sobre este tema. Afinal, ele é extenso e complexo.

Com a chegada da pandemia, em 2020, o tema se fez ainda mais presente no nosso cotidiano. Por isso, pode ser assunto do ENEM 2023 e você tem que estar preparado para lidar bem com ele, seja na prova, seja na redação.

Bora lá?

O que é economia?

Antes de tudo, precisamos ter um entendimento claro sobre o que é a economia. Vamos, então, pedir ajuda à Faculdade de  Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) da USP. De acordo com eles, trata-se do

“conjunto de atividades desenvolvidas pelos homens visando a produção, distribuição e o consumo de bens e serviços necessários à sobrevivência e à qualidade de vida” 

Então, o dinheiro faz parte da economia, mas ela não depende exclusivamente dele. Antigamente, quando o acesso a bens e serviços era feito somente através do escambo, não havia dinheiro, mas (claro) já havia economia.

A economia faz parte do cotidiano

Um outro ponto importante é que, apesar de parecer misteriosa (já que complexa), a economia faz parte do nosso dia a dia. Ela é feita por e para pessoas.

O preço dos produtos no mercado, a média salarial, o seu poder de escolha na hora de usar ou não certos serviços (como os meios de transporte, por exemplo)... tudo isso é economia! 

E se por um lado, o universo doméstico é infinitamente mais simples do que o nacional, um afeta diretamente o outro.

Poder de compra

Você já viu como fazem sucesso os vídeos falando sobre o custo de vida em outros países? As pessoas têm muita curiosidade de saber se é mais caro ou barato viver em um determinado lugar, muito provavelmente querendo entender se aqui, no nosso país, temos um padrão de vida melhor ou pior. 

Só que essa noção de caro e barato é relativa, sabia?

O que importa, na verdade, é o poder de compra! Pouco importa se o valor de algo é X ou Y, o que precisamos saber é se ele é ou não acessível para as pessoas a partir da renda média da sociedade.

O que eu consigo comprar com um salário mínimo?

Se os preços caem, o poder de compra aumenta.

Se os preços sobem, ele diminui. 

Se diminui, as pessoas compram menos e o dinheiro circula menos.

E qual a consequência disso? As vendas caem, a produção diminui, e as empresas precisam cortar os gastos… Aumenta a taxa de desemprego e isso, certamente, onera o Estado.

Percebeu como as coisas estão todas interligadas?

Pandemia

Com a descoberta do vírus SARS-Cov-2 e a sua rápida proliferação, fez-se, mundialmente, a necessidade de que os países decretassem isolamento social.

Se não é possível sair de casa, em muitos casos, não é possível trabalhar. Redução do número de profissionais por escala, diminuição da produção e, consequentemente, da oferta de produtos e serviços.

Muitos colaboradores foram dispensados, empresas fecharam as portas… E as que conseguiram se manter abertas agora precisam se recuperar e pagar as dívidas... 

Certamente, a pandemia foi um período difícil para todos. Mas mesmo na tragédia, a desigualdade se faz muito presente (e cruel). Assim, estatisticamente, o segmento da população que mais foi afetado foram os pobres e negros de nosso país, que sempre estiveram à margem e ficaram ainda mais à beira do abismo. 

O pós-pandemia e seus desafios

O isolamento foi fundamental para salvar vidas - não podemos acreditar no contrário -, mas, agora, com o fim do estado emergencial, é hora de recuperar a economia para que o país volte a crescer. Só que isso deve ser feito sem perder de vista a agenda global de 2030.

Definida em 2015, com a participação das nações em um encontro em Nova York, a agenda estabeleceu 17 objetivos (ODSs) para alcançarmos coletivamente (e não poderia ser de outro modo) um mundo mais sustentável. Entre os principais pontos está a diminuição da desigualdade social para “liberar a raça humana da tirania da pobreza”.

Em um cenário atípico, de muitas incertezas e inseguranças, é previsível que as pessoas busquem alternativas para alcançar a sobrevivência - e quase sempre elas envolvem um nível de flexibilização que vai contra aquilo que a ONU entende como progresso para a população global.

Por isso, é necessário que as medidas de crescimento vão ao encontro da manutenção da dignidade humana. Afinal, não podemos dar dois passos para frente e cinco para trás. 

Ainda dá tempo de se preparar para o ENEM! Venha estudar com a Refuturiza!