Tolerância religiosa: 3 motivos para lutarmos por ela
Não é incomum vermos na mídia diversos casos de intolerância religiosa. Mas por que ela existe? E mais do que isso, por que precisamos lutar para que ela acabe?
Em outubro do ano passado, um homem entrou na igreja de Notre-Dame de Nice, na França, e matou três pessoas. O crime bárbaro entra na lista dos inúmeros casos de intolerância religiosa que acontecem todos os dias em todo o mundo.
Mas qual motivação está por trás desses casos?
Tolerar não é concordar!
Primeiro, é importante que entendamos o significado de tolerar. De acordo com a definição do dicionário, o termo significa “suportar”, “aceitar” ou, ainda, “não impedir”.
Assim, entendemos que tolerar não é o mesmo que concordar. Você pode ter uma visão completamente diferente acerca de algo - aqui, no caso, estamos falando de religião, mas a palavra se aplica em diversos contextos - e, no entanto, não querer impedir o outro de manifestar sua crença ou opinião.
Então, o que move atos de intolerância, primeiramente, é a discordância.
Eu não concordo com você, por isso preciso calar a sua voz.
Eu não concordo com você, por isso preciso me impor.
Eu não concordo com você, por isso quero que você deixe de existir…
As formas como a intolerância se manifesta
O exemplo que vimos no começo do texto é um caso extremo de intolerância religiosa, mas precisamos lembrar que ela se manifesta de várias formas.
Restringir o acesso de pessoas a um determinado espaço por conta da religião; recusar-se a prestar serviço em um determinado local ou a um determinado grupo de pessoas por conta de sua crença; xingar, ofender, agredir física ou verbalmente são alguns exemplos cotidianos de como a intolerância pode se manifestar.
E você, já foi vítima ou testemunhou algo desse tipo?
3 razões pelas quais precisamos lutar pela tolerância religiosa
- A religião é uma forma de entender e decifrar o mundo.
Desde a pré-história, antes mesmo que a humanidade pudesse ter desenvolvido uma organização social mais estruturada, o homem já se manifestava espiritualmente.
Isso nos mostra que a crença em entidades superiores e a prática de rituais em louvor a figuras divinas é algo intrínseco a nós e que, dificilmente, vai deixar de existir.
- Precisamos abrir mão da nossa necessidade de estarmos certos.
A religião passa pelo afeto e pela fé, elementos ligados à subjetividade humana. Por essa razão, é muito difícil falarmos de uma verdade única e absoluta.
Há quem acredite em um Deus único; há quem acredite em vários deuses; há quem não acredite em nenhum deles. E quem tem razão? Todos e nenhum! São apenas visões, leituras e interpretações, sem que haja uma comprovação que demonstre estar uma delas mais correta do que a outra.
É necessário que tenhamos disposição para o diálogo, abrindo mão da necessidade de impor a nossa crença.
- A intolerância é um dos fatores que está por trás de diversos atos de violência, tal como vimos anteriormente.
Assim, se queremos construir uma sociedade mais justa e pacífica, precisamos investir na tolerância - e aqui não somente em relação à religião!
Tolerar é um caminho para alcançar a paz!
Prepare-se para o futuro e conquiste seus objetivos. Vem com a gente!