O Maior Reality de TODOS: a vida real
Desde o dia 17 de janeiro que o Brasil parou (novamente) para ver o BBB. E se todo mundo pudesse ver o que você faz 24h por dia?
Em 2022 chegamos à 22ª edição do mais antigo reality show do Brasil, o Big Brother.
A premissa é simples: 20 participantes são colocados em uma casa vigiada 24h por dia em busca de um grande prêmio final, que este ano será de 1,5 milhão de reais.
E você, faz parte da galera que gosta de dar "aquela espiadinha”?
Onde tudo começou
Apesar do grande sucesso entre os brasileiros, o Big Brother não nasceu no Brasil. Ele é um formato criado pela Endemol, uma produtora de tevê holandesa especializada em Reality Shows.
A ideia do programa foi inspirada no romance 1984, do escritor britânico George Orwell. Big Brother, ou Grande Irmão, é o líder autoritário de um mundo pós-guerra capaz de observar a tudo e a todos através de “teletelas” espalhadas nos lugares públicos e privados.
No enredo, esse personagem tem a função de controlar a população; já no programa de televisão, as câmeras ocupam essa função com o intuito de mostrar quem as pessoas verdadeiramente são quando “ninguém está olhando”.
BBB e cancelamento
E nesse momento, você pode estar se perguntando: “mas se existem câmeras transmitindo todo o conteúdo ao vivo, 24 horas por dia e 7 dias por semana, como vamos ver quem cada um é quando ninguém está olhando?”
Bom, esse é um dos pontos chave da atração. Em um dado momento, as pessoas esquecem que estão sendo observadas e começam a agir como realmente são no dia a dia.
Isso se torna ainda mais sensível e delicado com a participação de pessoas famosas e personalidades da mídia. Em geral, essas pessoas são orientadas sobre como agir diante do público de acordo com os interesses e com a imagem que desejam passar. Mas ninguém consegue ser um personagem o tempo todo e é aí que, muitas delas, caem em contradição.
O resultado disso? Cancelamento!
“O mundo é perigoso e cheio de armadilhas”
Existe um ditado que diz: “um dia você deixa de ser pedra e passa a ser vidraça”
De fato, estar na posição de quem critica e aponta os erros é muito mais fácil do que ser observado e analisado. E o que esse ditado diz é que sempre haverá o dia em que essas posições vão se inverter e você sentirá na pele o peso do julgamento.
Por isso, queremos lançar uma pergunta: e se a vida fosse como o BBB, com câmeras para captar todos os seus comportamentos? Você seria admirado ou cancelado?
“Costume de casa vai à praça”
Um colaborador chega no escritório e recebe o código de conduta da empresa. Lá estão descritos os hábitos e comportamentos adequados para serem praticados dentro do ambiente corporativo.
Ele lê, decora e segue a vida.
Um dia, faz um comentário preconceituoso a respeito da religião de um colega e é chamado à atenção pela sua liderança.
É um cartão amarelo… Comportamento semelhante não será tolerado no futuro.
Ele, então, passa a viver tenso, com medo de errar novamente.
Qual é o problema que enxergamos nessa historinha?
O código de conduta é um material que fala sobre moral e ética nas relações. Tirando um ou outro ponto colocado ali - que se referem à cultura da empresa -, a maior parte do conteúdo apresentado está ligada às boas práticas da vida em sociedade.
O personagem da nossa história teve dificuldade de se adequar ao que foi proposto porque aquelas regras não fazem parte da sua vida cotidiana.
Assim, tal como muitas celebridades que entram para o elenco do programa, ele se acostumou a ter um comportamento da “porta pra dentro” e outro “da porta pra fora” de casa.
Só que quando ele relaxa e esquece que “as câmeras” estão ligadas - ou seja, que ele está em público e sendo observado por seus colegas e líderes -, sua verdadeira face vem à tona.
Respeito é inegociável
Seja no BBB ou na vida, temos que ter sempre em mente que respeito é um ato inegociável. Não existe a possibilidade de falarmos “eu respeito se ou desde que o outro faça isso ou aquilo”.
As chamadas minorias estão cansadas de serem agredidas - física, moral e psicologicamente - e é por isso que precisamos “falar o óbvio”: todos são iguais em responsabilidades e em direitos.
E enquanto nós, cidadãos e profissionais, não tomarmos para nós a responsabilidade da mudança, o mundo continuará um espaço ruim, não só para as minorias, mas para todos.
Que tal sair da zona de conforto e encarar o desafio da mudança verdadeira?
Repense suas crenças e refaça suas atitudes. Isso é importante para você e para o mundo.